Segurança e Regulamentação no Voo Livre
Voar é uma experiência única. Quando estamos no ar, sentimos liberdade, conexão com a natureza e um desligamento dos problemas do dia a dia. No entanto, essa liberdade vem acompanhada de responsabilidade. A prática segura do voo livre depende diretamente da consciência e do comprometimento de cada piloto em seguir as normas que regem nossa atividade.
Os pilotos são, por lei, os únicos responsáveis por sua segurança pessoal e pela condução correta do voo. Isso inclui a observância rigorosa da regulamentação vigente e o conhecimento atualizado sobre as condições do espaço aéreo.
Desde 1986, o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) estabelece que qualquer atividade aerodesportiva deve ocorrer exclusivamente em áreas designadas pela autoridade aeronáutica competente. Na prática, isso significa que o voo livre só é considerado regular e legal quando realizado dentro de um Espaço Aéreo Condicionado (EAC) — áreas controladas e destinadas ao aerodesporto.
Essas áreas são geralmente estabelecidas por meio de:
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SBRs (Setores Brasileiros de Rotas);
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NOTAMs (Notices to Airmen) — avisos emitidos pela autoridade aeronáutica sobre restrições temporárias ou permanentes no espaço aéreo.
Informações atualizadas sobre esses espaços podem ser consultadas no site oficial do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), acessando:
🔗 https://www.aisweb.aer.mil.br
Por que isso é importante?
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Segurança: a prática dentro de áreas controladas evita conflitos com outras aeronaves e garante que os voos aconteçam de forma segura e coordenada.
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Legalidade: o não cumprimento das normas pode resultar em punições, como a proibição de voar na região, autuações e até implicações jurídicas.
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Valorização do esporte: voar dentro da legalidade fortalece a imagem do voo livre perante as autoridades e a sociedade, contribuindo para sua preservação e crescimento.
O papel do piloto
Além de dominar as técnicas de voo, o piloto deve:
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Estar em dia com a habilitação e credenciamento junto à Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL);
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Conhecer e respeitar os regulamentos locais da APVL;
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Monitorar as condições meteorológicas e as informações do espaço aéreo antes de cada voo;
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Participar de briefings, reuniões técnicas e ações educativas promovidas pela associação;
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Voar com equipamento em boas condições, incluindo instrumentos de navegação, rádio e reserva.
A APVL – Associação Paraíso do Voo Livre trabalha constantemente para garantir que nossas rampas, como a do Morro da Antena em Porciúncula–RJ, estejam regulares, seguras e bem estruturadas para receber pilotos de diferentes níveis.
Contamos com a colaboração de todos para mantermos o voo livre seguro, responsável e sustentável. Liberdade só é verdadeira quando voamos com consciência!